Dia da Conciência Negra

O Dia da Consciência Negra, Feriado em muitos municípios, comemorado no dia 20 de novembro remete-nos a Zumbi dos Palmares, o maior ícone da resistência negra ao escravismo no Brasil. Data marcada país afora por manifestações, passeatas e seminários em várias cidades brasileiras, em cerca de 225 municípios trata-se de feriado, tamanha a importância do evento. O estado onde mais cidades decretaram feriado é o Rio de Janeiro.

O Mito

Zumbi foi o grande líder do quilombo dos Palmares, respeitado herói da resistência anti-escravagista. Pesquisas e estudos indicam que nasceu em 1655, sendo descendente de guerreiros angolanos. Em um dos povoados do quilombo, foi capturado quando garoto por soldados e entregue ao padre Antonio Melo, de Porto Calvo. Criado e educado por este padre, o futuro líder do Quilombo dos Palmares já tinha apreciável noção de Português e Latim aos 12 anos de idade, sendo batizado com o nome de Francisco. Padre Antônio Melo escreveu várias cartas a um amigo, exaltando a inteligência de Zumbi (Francisco). Em 1670, com quinze anos, Zumbi fugiu e voltou para o Quilombo. Tornou-se um dos líderes mais famosos de Palmares. “Zumbi” significa: a força do espírito presente. Baluarte da luta negra contra a escravidão, Zumbi foi o último chefe do Quilombo dos Palmares.


O Dia da Consciência Negra

A lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, incluiu o dia 20 de novembro no calendário escolar, data em que comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra. A mesma lei também tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Nas escolas as aulas sobre os temas: História da África e dos africanos, luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, propiciarão o resgate das contribuições dos povos negros nas áreas social, econômica e política ao longo da história do país. Fonte: http://www.brasilescola.com
PROTESTO DO OLODUM
Composição: Tatau

Força e pudor
Liberdade ao povo do Pelô
Mãe que é mãe no parto sente dor
E lá vou eu


Declara a nação
Pelourinho contra a prostituição
Faz protesto, manifestação
E lá vou eu


AIDS se expandiu
E o terror já domina o Brasil
Faz denúncia Olodum, Pelourinho
E lá vou eu


Brasil liderança
Força e elite na poluição
Em destaque o terror Cubatão
E lá vou eu


Io io io io io
La la la la la la la
Io io io io io
La la la la la la la
E lá vou eu


Lá e cá, Norte és cópia
Na Bahia existe Etiópia
Pro Nordeste o país vira as costas
E lá vou eu


Moçambique hei!!!
Por minuto o homem vai morrer
Sem ter pão, nem água pra beber
E lá vou eu


Mas somos capazes
O nosso Deus a verdade nos traz
Monumento da força e da paz
E lá vou eu


Io io io io io
La la la la la la la
Io io io io io
La la la la la la la
E lá vou eu


Desmond Tutu
Contra o apartaid na África do Sul
Vem saudando o Nelson Mandela
O Olodum


Io io io io io
La la la la la la la
Io io io io io
La la la la la la la
E lá vou eu

Bahia lança Programa que transforma Água salgada em Água doce

A primeira Unidade Demonstrativa do Programa Água Doce (PAD) será inaugurada na comunidade de Minuim, no município de Santa Brígida, no próximo dia 30 de novembro. O programa é uma ação do governo federal através do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e coordenado, na Bahia, pelo Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá). Na ocasião serão assinados os acordos de gestão do sistema de dessalinização e de gestão da criação da tilápia.


O objetivo do ‘Água Doce’ é melhorar as condições de vida do Semiárido, onde boa parte da população consome água subterrânea salobra. Segundo a coordenadora do PAD, na Bahia, e bióloga da Coordenação de Planejamento de Recursos Hídricos do Ingá, Maria do Carmo Nunes, “o programa estabelece uma política de acesso à água de boa qualidade, que suprirá aos moradores água potável, geração de renda e melhoria na qualidade alimentar”, afirma.
A Unidade Demonstrativa (UD) é um sistema de produção integrado, onde a comunidade obtém água para consumo humano, e ainda utiliza o concentrado (o que sobra após a dessalinização) na produção de peixes e na irrigação de plantas que servem de alimento a caprinos e ovinos. “Na UD, esse sistema de produção estará disposto para visitação, exposições, aulas e demonstrações, com o objetivo de multiplicação desse modelo”, explica Maria do Carmo Nunes.

O Ministério do Meio Ambiente (MMA), por meio da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, faz a coordenação nacional da UD, com supervisão técnica da Embrapa Semiárido e com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Urbano (BNDES). Entre os parceiros estão o Ingá, a Prefeitura de Santa Brígida e a comunidade de Minuim. O Programa Água Doce foi criado em 2004 e, desde então, cerca de 500 pessoas já foram qualificadas e repassam técnicas para as comunidades atendidas em UDs.

“Minha expectativa é que, com a implantação da UD, a comunidade de Minuim (cerca de 250 famílias), em parceria com o Núcleo Gestor do PAD, na Bahia, e com a Coordenação Nacional do Programa, contribuam para a manutenção produtiva”, declara a coordenadora e acrescenta: o plano de ação do Água Doce tem metas a atingir até 2019”, finaliza.

O Sistema Integrado de Reuso dos Efluentes da Dessalinização, além de produzir água potável, reaproveita o concentrado enriquecido em sal, proveniente da dessalinização para a criação de tilápias (peixes de água doce que se reproduzem até mesmo no mar) e no cultivo de uma planta conhecida como erva-sal, utilizada na alimentação de caprinos e ovinos. Os peixes são comercializados pela comunidade e o dinheiro da venda é usado para manter o próprio sistema.

De acordo com Maria do Carmo, no primeiro momento, a água é retirada do aqüífero por meio de um poço profundo, enviada a um dessalinizador e armazenada em um reservatório para distribuição. Na segunda etapa, o rejeito do dessalinizador é utilizado para cultivar a tilápia. Na terceira fase, o concentrado dessa criação, rico em matéria orgânica, é aproveitado para irrigar a erva-sal (Atriplex nummularia), por sua vez utilizada na produção de feno para alimentar ovelhas e cabras.

O sistema produtivo utiliza uma área total de cerca de dois hectares, possui dois viveiros de tilápias, um tanque para reciclagem do concentrado e uma área irrigada para cultivo da erva sal, além da área para produção do feno. “Para que uma localidade possa receber um sistema semelhante, deve ter um poço com vazão mínima de 3 mil litros de água por hora, solo compatível com o sistema de irrigação de erva sal, área pública para implantação do sistema, exploração pecuária e experiência cooperativa da comunidade”.

As comunidades beneficiadas também são escolhidas de acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e com as indicações pluviométricas do município, ausência ou dificuldade de acesso à fontes de abastecimento de água potável e altos índices de mortalidade infantil também são considerados, além do tamanho da área a ser implantada a UD.

Serviço: Inauguração da Unidade Demonstrativa do Programa Água Doce na Bahia
Local: Comunidade de Minuim (Município de Santa Brígida, BA)

Data: 30/11/2010
Programação:
8h – Povoamento dos 2 mil alevinos de tilápia holandesa no viveiro
10h – Abertura oficial e visita à Unidade Demonstrativa

Reportagem retira do site Meio Ambiente

Povo e Natureza

"Não devemos ter medo de inventar seja o que for. Tudo o que existe em nós existe também na natureza, pois fazemos parte dela." Pablo Picasso



















Trecho de Afluente do São Francisco - SECA NA BAHIA


Um trecho do Rio Grande, afluente do Rio São Francisco, em Barreiras (BA) apresenta pontos de seca desde a semana passada, segundo a Defesa Civil Estadual da Bahia. Em diversas localidades é possível ver o fundo do rio.
“A cidade, que fica no oeste da Bahia, está há mais de 60 dias sem chuva forte e foi afetada pela estiagem prolongada que se estende por áreas de Goiás e Tocantins. A estiagem é comum, esperada neste período, mas talvez nunca tenhamos sentido uma baixa tão grande como essa, em que é possível ver o fundo do rio”, diz ao G1 Paulo Sérgio Menezes Luz, coordenador adjunto da Defesa Civil da Bahia.

Uma hidrelétrica que está sendo construida depois do povoado do Sitio do Rio Grande, no municipio de São Desidério provocou a imediata queda no volume de água do Rio Grande. Em Barreiras vários bairros estão sofrendo com a falta dágua, o mesmo acontecendo com os povoados ribeirinhos. Há lugares em que o Rio virou um filete de água. Em Barreiras a diminuição do volume de agua do Rio Grande impressiona. o Rio está seco em várias partes, moradores choram com medo de que o rio morra.

Reportagem retirada do site Meio Ambiente e do Mural do Oeste.

CESAB-SF em Ação...


Obs: "Post atualizado frequentemente"


- EVENTOS -

Lançamento do Projeto de ATER e dos
Projetos do Trilha para a Juventude Camponesa



(Antônio Carlos da COOTEBA)



(Esq. p/ direita: Ailton Florêncio, Hamilton Pinheiro, Everaldo dos Anjos)



Nivelamento de ATER - 28 e 29 de Julho
 






 - VIAGENS -

(Comunidade quilombola de Torrinha)











 (Brejo do Bonfim)





Centro de Estudo Sócio-Ambiental da Bacia do Rio São Francisco


 


Uma das maiores bacias hidrográficas do mundo, a Bacia do São Francisco, com 640.000 Km² de extensão e o velho Chico com 2.716 km da nascente até a foz, tem guardado em seus 504 anos de descobertas, história e mistérios, lendas, crenças e cultura de um povo que sabe da infinita importância do grande rio para o povo brasileiro, seja no sentido político, econômico ou religioso, o rio São Francisco é mais que um sentimento nacional é um fator de vida para milhões brasileiros, onde em vastas regiões da bacia a ausência do estado é compensada com os fartos recursos que o velho Chico disponibiliza para aqueles que nunca perderam a esperança e resistem bravamente buscando dias melhores.

O processo de degradação da natureza na bacia do São Francisco começou pela ocupação das populações ribeirinhas,e ainda por ocasião da descoberta do ouro e do desenvolvimento da mineração no século XVIII nos rios da bacia no estado de Minas Gerais com a exploração do ouro e de pedras preciosas. A outra fase de agressão veio com a expansão das siderúrgicas instaladas na região metropolitana de Belo Horizonte, que passaram a devastar grandes áreas de cerrado e caatinga no norte de minas, produzindo carvão para alimentar seus fornos. Com a expansão da fronteira agrícola a partir dos anos 80, com a vinda dos gaúchos, paranaenses e outros para o oeste da Bahia, também deixaram suas marcas em nome do progresso, mataram muitos rios que alimentavam a Bacia do Rio Grande, parte componente do sistema hidrográfico do São Francisco.

Praticamente esgotadas as florestas nativas e com a intensidade da fiscalização em Minas Gerais, e com o aumento da produção de aço a cada ano, as siderúrgicas mineiras têm intensificado o carvoejamento no estado da Bahia na região sudoeste, e agora em vários municípios da bacia na região oeste e já chegando ao estado do Piauí. As carvoeiras chegam se apropriando das terras, aproveitando-se do abandono do nosso povo que tem sido facilmente cooptados por ações que é de responsabilidades do poder público, estamos diante de um desastre ambiental e social.

Nesse contexto nasce o centro de estudo sócio-ambiental da bacia do São Francisco –CESAB-SF – No dia, 05(cinco) de junho de 2005 com sede na histórica cidade da Barra - BA, com 45.000 habitantes pouco mais de 12.000Km² de extensão territorial, com 220 km da margem esquerda do rio São Francisco, e com 110 km das duas margens do Rio Grande, e com uma invejável biodiversidade contendo espécies raras de animais e plantas já extintas em outras regiões do Brasil.

Temos como objetivos: Elaborar, fomentar e executar projetos de intervenção, visando reduzir as desigualdades sociais, e violência contra o cidadão, e resolução de problemas ambientais; Implementar as experiências educacionais ou em rede, voltadas para o fomento à gestão social do território, e ao desenvolvimento sustentável, aqui entendido em suas dimensões de crescimento econômico, de eqüidade social e de preservação de recursos naturais para as gerações futuras; Estimular o exercício da gestão social e da cidadania plena, tendo como princípio a melhoria da qualidade de vida de grupos sociais tradicionais excluídos – população com baixo índice de desenvolvimento humano, afro descendentes, mulheres e indígenas; Defender, preservar e conservar o meio ambiente especialmente às margens do São Francisco, Cerrado, Caatinga e toda biodiversidade; Preservar e resgatar à memória e promover a defesa dos bens e direitos de valor cultural, histórico, paisagístico, artístico e estético; Fomentar e executar pesquisas nas diversas áreas de conhecimento relacionadas aos objetivos social e ambiental.

No desenvolvimento de suas atividades, O CENTRO DE ESTUDO SOCIO-AMBIENTAL DA BACIA DO SÃO FRANCISCO - CESAB-SF observará os princípios legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e da eficiência e não fará descriminação de raça, cor ou religião, adotando como referencia o estudo, a pesquisa e a mobilização das comunidades, que possibilitem a integração harmônica do homem com o meio ambiente, respeitando os valores naturais e as formas de comportamento e convivência social que assegure a tranqüilidade nas comunidades.


Barra – Bahia – Brasil, 05 de junho de 2005


Jocilon Ferreira do Nascimento
Presidente
João Eudes da Silva Santos
Vice-presidente
Hamilton da Silva Pinheiro
Diretor executivo